Paróquia promove ‘Mutirão de Confissões’ em Esperantina

“Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes curados. A oração do justo tem grande eficácia.” (São Tiago 5,16)

No dia 30 de março, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Boa Esperança Esperantina – PI, haverá o mutirão de confissões, onde diversos padres irão ouvir confissões dos fiéis.

Lembremo-nos que o mandamento da Igreja nos diz que devemos nos confessar ao menos uma vez por ano e o tempo da Grande Quaresma, como tempo de conversão, é um momento propício para buscar se reconciliar com Deus.

Para bem se confessar devemos fazer antes um exame de consciência, como indicamos abaixo, para diante do sacerdote, acusar os pecados e receber o perdão de Deus.

A confissão é o tribunal da graça e da misericórdia, onde Deus vai nos acolher como acolheu o filho pródigo.

Lembre-se, para se fazer uma boa confissão é necessário:

• Fazer bem o exame de consciência.
• Estar sinceramente arrependido dos pecados cometidos que tanto ofenderam a Deus.
• Ter o firme propósito de não mais pecar.
• Confessar os próprios pecados junto do confessor dizendo-os com toda a sinceridade, clareza e brevidade.
• Reparar o mal que se fez cumprindo a penitência o que o confessor indicar.

E não esqueça que uma confissão não tem valor se:

• Se omite propositadamente algum pecado grave e o número de vezes que se cometeu.
• Se não se estiver arrependido do pecado cometido.
• Se não existir o propósito de emenda de vida.
• Se não se quiser cumprir a penitência imposta.

“Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos.”
(São João 20,23)

Exame de Consciência

Oração Preparatória

Meu bom Deus e Salvador, Pai de misericórdia, eis-me aqui prostrado aos vossos pés, cheio de confusão e de remorsos, qual outro filho pródigo que volta arrependido à casa paterna. Não mereço perdão, porque desgostei demasiadamente a vossa bondade infinita. Mas sei que não olhais para os meus pecados senão para perdoá-los, como Pai misericordioso que sois. Pelos méritos inefáveis do vosso Filho, crucificado e morto por meu amor, pelos méritos do seu Preciosíssimo Sangue, pelas suas lágrimas e agonia, tende piedade de mim. Dai-me luz para conhecer os meus pecados; sincero arrependimento para os aborrecer; firme propósito para nunca mais os cometer; ânimo para os acusar e para cumprir com a devida penitência. Amém.

Exame inicial:

• Há quanto tempo não me confesso?
• Escondi, conscientemente, algum pecado grave em alguma confissão precedente?
• Confessei, o melhor que me lembro, o número de vezes que cometi cada pecado grave?
• Confessei com clareza os meus pecados ou fui demasiado genérico?
• Cumpri a penitência que me foi imposta pelo sacerdote?
• Reparei as injustiças que cometi?
• Comunguei alguma vez em pecado mortal?
• Respeitei sempre o jejum eucarístico de uma hora antes da comunhão?
• Estou verdadeiramente arrependido dos meus pecados e luto para não os voltar a cometer?

1º Mandamento: Adorar a Deus e amá-Lo sobre todas as coisas.

• Duvidei voluntariamente da existência de Deus Pai, Filho e Espírito Santo?
• Acreditei em um ser supremo que não seja o Deus cristão?
• Revoltei-me contra Deus nos meus sofrimentos?
• Deixei-me levar pelo desespero?
• Duvidei da bondade ou da onipotência de Deus?
• Tive ódio a Deus?
• Esperei alcançar o Céu sem querer abandonar o pecado?
• Esperei alcançar o Céu confiando apenas nos meus esforços, esquecendo-me que sem a graça de Deus é impossível perseverar no bem?
• Cometi pecados no intuito de confessá-los mais tarde, abusando assim da Misericórdia de Deus?
• Tenho posto em dúvida ou negado, deliberadamente, alguma verdade revelada por Deus e como tal ensinada pela Igreja?
• Tenho rezado diariamente com atenção e devoção?
• Frequentei os sacramentos de má vontade?
• Leio e medito, com frequência, na Palavra de Deus?
• Procuro esclarecer-me e formar-me na fé com a ajuda do Catecismo da Igreja Católica?
• Defendi, por exemplo, que nós podemos confessar diretamente a Deus, ou que o “casamento” civil entre batizados é aceitável em certos casos, ou ainda que todas as religiões são iguais e podem salvar?
• Li alguma coisa, ouvi alguma música, ou vi algum programa contra Deus, contra a Igreja ou contra os bons costumes?
• Recebi indignamente algum sacramento?
• Faltei ao respeito das coisas santas, por exemplo, conversando ou brincando dentro da igreja, vindo indecentemente vestido para a igreja, ou omitindo a genuflexão sempre que passo diante do Santíssimo Sacramento?
• Coloquei a minha vontade, as minhas ideias, o dinheiro, o trabalho, os divertimentos, o prazer, a fama, o poder ou alguma coisa criada em primeiro lugar na minha vida?
• Adorei ou invoquei a Satanás?
• Usei coisas, li textos, ou ouvi músicas que invocam explicitamente o demônio?
• Sou supersticioso?
• Pratiquei a magia, o espiritismo, fui à bruxa, a médiuns, ou a curandeiros?
• Pratiquei a adivinhação através da astrologia, do jogo do copo, do pêndulo, das cartas do tarot, da leitura da palma da mão ou coisas semelhantes a estas?
• Acreditei em horóscopos?
• Usei amuletos como a ferradura, o pé de coelho, as figas, os cristais, o olho grego ou coisas semelhantes?
• Acreditei nas “energias”, nas ideias do Nova Era, na reencarnação, no Reiki, Yoga ou em coisas semelhantes a estas?

2º Mandamento: Não invocar o santo nome de Deus em vão.

• Blasfemei ou falei sem respeito contra Deus, contra os Santos ou contra as coisas santas?
• Falei mal da Igreja, do Papa, dos Bispos ou dos Padres?
• Pronunciei levianamente o Nome de Deus, de Jesus, de Maria ou de algum santo, por exemplo, em anedotas ou piadas?
• Achei graça a tais piadas?
• Jurei sabendo que era falso o que prometia?
• Jurei fazer alguma coisa injusta ou ilícita?
• Roguei pragas a alguém?
• Deixei de cumprir algum voto ou promessa que tenha feito a Deus ou a algum santo?

3º Mandamento: Santificar os domingos e festas de guarda.

• Faltei à Missa ao domingo ou em algum dia santo?
• Cheguei tarde à Missa por culpa própria?
• Trabalhei ou mandei trabalhar nesses dias sem grave necessidade?
• Dediquei, nesses dias, mais tempo a Deus, à família, aos pobres, aos
• doentes e ao descanso?

4º Mandamento: Honrar pai e mãe e os outros legítimos superiores.

• Obedeci aos meus pais enquanto estive sob a sua tutela?
• Manifesto-lhes o devido amor, gratidão e respeito?
• Ajudo-os espiritual e materialmente?
• Entristeci-os com as minhas atitudes, palavras ou comportamentos?
• Abandonei-os na velhice ou na doença?
• Tenho rezado por eles?
• Zanguei-me com os meus irmãos?
• Maltratei-os?
• Tenho transmitido a fé aos meus filhos?
• Atrasei o seu batismo, ou a sua primeira comunhão?
• Tenho-me empenhado na sua educação?
• Defendo-os do pecado?
• Dei-lhes maus exemplos?
• Corrigi com firmeza e paciência os seus defeitos?
• Fui amável com os estranhos e, ao contrário, pouco amável com os de casa?
• Usei palavras duras com o meu esposo(a)?
• Evitei as discussões diante dos filhos mais pequenos?
• Perdoo ao meu esposo(a) das suas falhas?
• Faltei-lhe de algum modo ao respeito?
• Ajudo, dentro das minhas possibilidades, os meus familiares nas suas necessidades espirituais ou materiais?
• Obedeço à Igreja, ou discuto os seus preceitos?
• Guardei a abstinência de carne nas sextas-feiras ao longo do ano?
• Guardei o jejum e a abstinência na quarta-feira de cinzas e sexta-feira santa?
• Confessei os meus pecados graves, pelo menos, uma vez por ano?
• Comunguei, pelo menos, uma vez por ano por altura da Páscoa da Ressurreição?
• Tenho contribuído para as necessidades da Igreja segundo as minhas possibilidades?
• Obedeci ao Papa, ao meu Bispo e ao meu Pároco?
• Obedeci às leis justas das autoridades civis?

5º Mandamento: Não matar nem causar outro dano no corpo ou na alma a si mesmo ou ao próximo.

• Causei algum prejuízo ao próximo com palavras ou com obras?
• Desejei-lhe mal?
• Agredi alguém?
• Insultei alguém?
• Deixei-me levar pela ira?
• Alimentei pensamentos de vingança?
• Guardo, no coração, ódio ou rancor contra alguém?
• Alimento ressentimentos?
• Perdoei sinceramente as ofensas que recebi?
• Deixei de falar ou nego a saudação a alguém?
• Cheguei a ferir ou a tirar a vida ao próximo?
• Colaborei, de algum modo, em atos que ocasionassem a morte de um inocente?
• Pratiquei, aconselhei ou facilitei o crime gravíssimo do aborto?
• Defendi o aborto?
• Fui gravemente imprudente na condução de veículos motorizados pondo em risco a minha vida e a dos outros?
• Cometi algum atentado contra a minha vida?
• Alimento pensamentos de suicídio?
• Embriaguei-me ou, levado pela gula, comi mais do que devia?
• Usei drogas?
• Preocupei-me eficazmente pelo bem do próximo, advertindo-o de algum perigo material ou espiritual, em que se encontrava?
• Escandalizei o próximo, incitando-o a pecar, com as minhas conversas, o meu modo de vestir, ou convidando-o a praticar alguma má ação?
• Visto-me com decência ou sou sensual e provocante?
• Procurei reparar o mal que causei pelo escândalo?

6º Mandamento: Guardar castidade nas palavras e nas obras.
9º Mandamento: Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos.

• Consenti em pensamentos ou desejos contra a castidade?
• Fixei o olhar, falei ou li coisas sensuais ou obscenas?
• Vi pornografia?
• Procurei o prazer sexual por si mesmo, fora do ato conjugal?
• Tive liberdades no namoro?
• Respeitei o corpo da minha namorada(o)?
• Pequei contra a castidade por atos, seja sozinho (masturbação) ou acompanhado (adultério, fornicação, com pessoas do mesmo sexo)?
• Havia alguma circunstância – de parentesco, matrimônio, consagração a
• Deus, ou menoridade – que tornassem ainda mais grave aquela ação impura com outra pessoa?
• Vivo maritalmente com alguém com a qual não estou casado pela Igreja?
• Permiti situações que me colocaram numa situação próxima de pecado?
• Tenho em conta que expor-me a essas ocasiões já é pecado?
• Antes de assistir a um filme ou de ler um livro procuro informar-me sobre a sua classificação moral?
• Usei do matrimónio indevidamente procurando o prazer sexual fora do ato conjugal?
• Neguei ao meu cônjuge os seus direitos sem justa causa?
• Tive intenção de tornar o ato conjugal voluntariamente infecundo praticando assim a contracepção?
• Tomei a pílula, usei o preservativo, ou o dispositivo intrauterino (DIU), laqueei as trompas, ou interrompi o ato conjugal para evitar ter filhos?
• Aconselhei ou defendi a contracepção?
• Usei do matrimónio somente naqueles dias em que julgo não haver concepção sem ter razões graves?
• Faltei à fidelidade conjugal por pensamentos ou por ações?
• Mantenho amizades que são ocasião habitual do pecado de infidelidade?
• Estou disposto(a) a abandonar essas más amizades?

7º Mandamento: Não furtar nem injustamente reter ou danificar os bens do próximo.
10º Mandamento: Não cobiçar as coisas alheias.

• Roubei algum objeto ou alguma quantia em dinheiro?
• Tive inveja dos outros?
• Cobicei as coisas alheias?
• Paguei aos empregados os salários devidos pelo seu trabalho?
• Paguei os impostos?
• Trabalhei com empenho as horas que devia, ou desperdicei tempo?
• Prejudiquei o Estado, por exemplo, abusando do fundo de desemprego ou da baixa médica?
• Devolvi ao respectivo dono coisas emprestadas ou que tenha encontrado?
• Aproveitei-me injustamente da desgraça alheia?
• Prejudiquei, de algum modo, o próximo nos seus bens?
• Enganei o próximo cobrando mais do que o valor justo combinado, ou alterando a quantidade ou qualidade dos bens ou dos serviços prestados?
• Reparei todas as injustiças que cometi o melhor que pude?
• Tolerei abusos ou injustiças que tinha obrigação de impedir?
• Fiz acepção de pessoas ou manifestei favoritismos?
• Gastei mais do que permitem as minhas possibilidades?
• Desperdicei dinheiro no jogo ou em outras coisas desnecessárias ou supérfluas?
• Trato com cuidado das minhas coisas ou, por desleixo, deixo-as estragarem-se?
• Sei aceitar, com espírito cristão, a falta de coisas necessárias ou, nesses momentos, deixo-me vencer pela murmuração e pela revolta?

8º Mandamento: Não levantar falsos testemunhos nem de qualquer outro modo faltar à verdade ou difamar o próximo.

• Disse mentiras?
• Minto habitualmente com a desculpa de que se tratar de mentiras que não prejudicam ninguém?
• Fiz juízos falsos ou temerários?
• Colei nas provas e trabalhos acadêmicos?
• Revelei, sem motivo justo, defeitos graves alheios que, embora sejam reais, não são conhecidos pelos outros?
• Caluniei, atribuindo ao próximo defeitos que não eram verdadeiros?
• Já reparei os males que causei com a difamação?
• Disse mal dos outros baseando-me apenas nas coisas que ouço por aí?
• Colaborei, nas minhas conversas, na calúnia, na difamação ou na murmuração?
• Semeei discórdias, inimizades ou falsas suspeitas com as minhas palavras?
• Exagerei os defeitos do próximo?
• Gosto de ouvir falar mal dos outros?
• Caio com facilidade na crítica aos outros?

Mandamentos da Igreja.

• Recebi a Sagrada Eucaristia pelo menos uma vez ao ano, por ocasião do Tempo Pascal?
• Cumpri o jejum e a abstinência de carne nos dias prescritos pela Igreja?
• Confessei-me pelo menos uma vez ao ano?
• Tenho contribuído para as necessidades materiais da Igreja segundo as minhas possibilidades, devolvendo o dízimo, fazendo doações ou ofertas?

Oração após o Exame de Consciência

Eis aqui, ó meu Deus, vosso filho pródigo que volta contrito ao vosso seio paternal! Que motivos de confusão para mim, misericordioso Senhor e Pai amoroso, ter-Vos tantas vezes ofendido, depois de Vos ter tantas vezes prometido emendar-me! Como me atrevi a pecar na vossa presença, conhecendo quanto Vos desagrada o pecado! Ó meu Deus e meu Pai, perdoai-me e não me castigueis segundo o rigor da vossa justiça; tende piedade de mim, que já não sou digno de ser chamado vosso filho, e aceitai os anseios de um coração pesaroso de Vos ter ofendido e disposto a amar-Vos para sempre. Detesto, Senhor, todos os meus pecados, que são muitos e graves; porque com eles mereci as penas do inferno e ofendi a vossa divina majestade, vossa santidade e vossa bondade infinita. Amo-Vos sobre todas as coisas, meu Deus, meu Pai, meu Salvador, e por amor de Vós quero antes morrer do que Vos tornar a ofender. Amém.

Considerações Finais

Devemos acusar-nos só dos pecados que cometemos. Evite falar do pecado alheio, a menos que tenha tomado parte dele. Tendo cometido algum pecado que, talvez, não se ache neste resumo, não deixemos de declará-lo ao confessor.

Uma boa prática é procurar sempre o mesmo confessor. Psicologicamente, a prática o confirma, isso inibe a reincidência nos mesmos pecados já confessados. É como se fosse uma “boa vergonha” de precisar voltar perante o mesmo sacerdote com os mesmos pecados de sempre.

Modo de Confessar-se

Diante do sacerdote, após o Sinal da Cruz, dizer:

Abençoai-me, Padre, porque pequei, já se passaram… dias/meses/anos de minha última confissão (se não lembrar, diga que “se passou muito tempo desde minha última confissão”). Acuso-me dos seguintes pecados: (e comece a falar os pecados cometidos).

Depois de se acusar os pecados cometidos, pode-se dizer:

De todos estes pecados, de todos aqueles de que não me lembro e de minha vida passada, peço perdão a Deus de todo o meu coração; e a vós, Padre, peço a penitência e a absolvição.

Ouça as palavras do sacerdote e se ele pedir, reze o Ato de Contrição:

Senhor meu Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes Vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque Vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, por Vos ter ofendido; pesa-me também por ter perdido o Céu e merecido o inferno. Mas proponho firmemente, com o auxílio de vossa divina graça, e pela poderosa intercessão de vossa Mãe Santíssima, emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão de minhas culpas, por vossa infinita misericórdia. Amém.

Depois ouça e cumpra a penitência que o sacerdote exigir.