Solenidade de Pentecostes em Esperantina

Para entendermos o verdadeiro sentido da Solenidade de Pentecostes, precisamos partir do texto bíblico que nos apresenta na narração: “Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como de um vento forte, que encheu toda a casa em que se encontravam. Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia expressar-se. Residiam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações que há debaixo do céu. Quando ouviram o ruído, reuniu-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua” (At, 2, 1-6). Essa passagem bíblica apresenta o novo curso da obra de Deus, fundamentada na Ressurreição de Cristo, obra que envolve o homem, a história e toda a criação.

O Catecismo da Igreja Católica diz que: “No dia de Pentecostes (no termo das sete semanas pascais), a Páscoa de Cristo completou-se com a efusão do Espírito Santo, que se manifestou, se deu e se comunicou como Pessoa divina: da Sua plenitude, Cristo Senhor derrama em profusão o Espírito” (CIC, n. 731).

Nessa celebração somos convidados e enviados para professar ao mundo a presença do Espírito Santo. E invocarmos a efusão do Espírito para que renove a face da terra e aja com a mesma intensidade do acontecimento inicial dos Atos dos Apóstolos sobre a Igreja, sobre todos os povos e nações.

Como ensinou o Papa Bento XVI: «Na festa de Pentecostes pode-se dizer que a missão de Jesus na terra termina e começa a nossa; encorajados, impulsionados e sustentados pelo seu mesmo Espírito. Recebemos a sua mesma missão, aquela que o Pai confiou ao seu Filho. “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio”. (Jo 20,21). Estamos cheios de gratidão por semelhante dom e esperamos que o fogo que ardia no coração de Jesus Cristo não se apague, mas provoque em nós o incêndio que ele sonhou e desejou. Queremos que essas pequenas chamas que apareceram sobre as cabeça dos apóstolos, e em nossas almas, se espalhem até o último recanto da terra. Entusiasma-nos sermos cooperadores dos planos divinos de encher o mundo com o calor que o Salvador veio nos dar.»

A Solenidade de Pentecostes é um fato marcante para toda a Igreja, para os povos, pois nela tem início a ação evangelizadora para que todas as nações e línguas tenham acesso ao Evangelho e à salvação mediante o poder do Espírito Santo de Deus.