Paróquia de Esperantina realiza mutirão de confissões

Nesta sexta – feira, 11 de março, na praça da Igreja Matriz de Esperantina, acontecerá o mutirão de confissões, onde dez Padres irão atender confissões. Lembrando que o mandamento da Igreja nos diz que devemos nos confessar ao menos uma vez por ano, e a quaresma como tempo de conversão é um momento propicio. Você que vem se confessar faça antes um exame de consciência, como indicamos abaixo, para diante do Sacerdote, confessar seus pecados e receber o perdão de Deus.
A confissão é o tribunal da graça e da misericórdia, onde Deus vai te acolher como o acolheu o filho pródigo.

EXAME DE CONCIÊNCIA

Oração para antes do Exame de Consciência
Senhor Deus onipotente, prostrado humildemente diante da vossa divina majestade, vos rendo infinitas graças por todos os benefícios que de vossa inefável bondade tenho recebido, e em particular por me terdes criado, conservado, remido e cumulado de tantos bens e mercês, muitos dos quais eu ignoro.

Rogo-vos, Senhor, humildemente, que vos digneis conceder-me luz abundante para conhecer todas as faltas e pecados, com que vos tenho ofendido, e graça eficaz para me arrepender e me emendar.

Primeiras questões:

Comece perguntando-se: “Quando fiz a minha última confissão? Foi válida?”.

A confissão não é válida quando:

• se omite um pecado mortal na confissão;
• se não há arrependimento nem propósito sincero de emenda;
• se o penitente antes da absolvição, não está disposto a cumprir a penitência.

Pergunte-se ainda: Cumpri fielmente a penitência da última confissão? Desde a última confissão bem feita, quais pecados eu tive a infelicidade de cometer por pensamentos, palavras e obras?

Como auxílio para responder a esta última pergunta, procure refletir sobre os pecados mais comuns:

Pecados contra os Mandamentos da Lei de Deus:

1. Contra o Primeiro Mandamento

Creio fielmente em tudo o que Deus revelou, ou duvidei voluntariamente de alguma doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana?
Li, assinei, publiquei, propaguei, emprestei livros, folhetos, revistas, ou jornais hostis a Deus e à santa religião?
Dei ouvido a conversas ou discursos ímpios ou heréticos?
Participei ativamente à sessão espírita, ao culto protestante, ou de religiões não cristãs?
Abandonei a única Igreja verdadeira que é a Católica para abraçar seita falsa?
Deixei de ter confiança em Deus e na divina graça?
Consultei espíritas, cartomantes ou videntes?
Desesperei ou fui presunçoso de esperar a salvação sem deixar o pecado?
Cometi pecados no intuito de confessá-los mais tarde?
Amei a Deus e cumpri a sua vontade?
Deixei de rezar por muito tempo?
Falei mal de Deus, contra a sua Santa Mãe, Maria Santíssima, contra os santos, contra a Igreja e seus ministros?
Rezei sem devoção, com distrações voluntárias?

2. Contra o Segundo Mandamento

Comunguei em pecado mortal?
Profanei o Santíssimo Sacramento, pessoas, lugares, coisas consagradas a Deus?
Blasfemei contra Deus?
Jurei o seu santo nome sem necessidade?
Pronunciei levianamente o nome de Deus ou falso?
Deixei de cumprir uma promessa?

3. Contra o Terceiro Mandamento

Deixei de ouvir a missa inteira aos domingos e festas de guarda por própria culpa?
Perdi uma parte principal da Missa (ofertório, elevação, comunhão)?
Profanei a Igreja por conversas, olhares indiscretos, namoros ou por uso de roupa indecente?
Trabalhei ou mandei trabalhar nos domingos ou dias de guarda?

4. Contra o Quarto Mandamento

Para os filhos:
Desrespeitei os pais falando-lhes de forma grosseira ou respondendo-lhes mal?
Murmurei contra eles?
Desobedeci? Obedeci de má vontade?
Descuidei dos pais na velhice, na pobreza ou na doença (sustento, últimos sacramentos. Levar os pais para recebê-los ou chamar um padre para ministrá-los), remédios?
Desejei-lhes mal?
Deixei de rezar por eles?

Para os pais:
Atrasei por meses ou até anos, sem motivo, o batismo de meus filhos, a primeira comunhão?
Descuidei-me da educação física e intelectual e principalmente da educação religiosa dos meus filhos?
Não os mandei à missa aos domingos e festas de guarda, ao catecismo?
Cuidei de suas boas leituras, reprimi divertimentos impróprios?
Dei-lhes mau exemplo?
Deixei de corrigi-los?
Castiguei-os, não com caridade, mas com ira?

5. Contra o Quinto Mandamento

Odiei o próximo?
Desejei-lhe mal?
Procurei vingar-me?
Não tive caridade com os pobres, doentes e necessitados?
Prejudiquei minha saúde por excesso de comida e bebida, sobretudo bebidas alcoólicas?
Usei drogas?
Atentei contra a própria vida ou contra a vida do próximo, ou alimentei estes pensamentos?
Abortei, incentivei o aborto, defendo o aborto?
Usei, entreguei, recomendei a “pílula do dia seguinte”?
Seduzi pessoa ao pecado ou dei escândalo?
Roguei pragas?
Maltratei animais?

6. Contra o Sexto e Nono Mandamentos

Consenti em pensamentos desonestos e em maus desejos?
Olhei indiscreta e maliciosamente para coisas indecentes, pessoas descompostas?
Tive conversas imorais?
Li e olhei livros e revistas, estampas e fotografias obscenas e imorais?
Pratiquei atos indecentes comigo mesmo (masturbação), com outra pessoa, do mesmo sexo ou de outro sexo, com animais?
Faltei com o pudor e modéstia em meus trajes?

Para os casados:
Procurei satisfação carnal fora do matrimônio (adultério ou pecado solitário – masturbação)?
Abusei do matrimônio evitando ter filhos por métodos contraceptivos artificiais ou aconselhei alguém a usar esses métodos?

7. Contra o Sétimo e Décimo Mandamentos

Roubei, furtei, aceitei objetos furtados, guardei-os?
Tive vontade de roubar ou furtar?
Não restituí ao dono um objeto achado ou emprestado?
Deixei de pagar as dívidas sem motivo de força maior (desemprego, calamidade, necessidade maior para o sustento da vida)?
Fiz dívidas que sabia que não poderia pagar, com o intuito de, de fato, não pagá-las?
Não paguei ao operário o salário justo?
Dei prejuízo voluntário ao próximo?
Desperdicei o dinheiro em jogo, futilidades?

8. Contra o Oitavo Mandamento

Menti?
Violei segredos?
Levantei falso?
Supus más intenções?
Abri cartas ou conversas alheias?
Fiz juízos temerários?
Fingi doenças, pobreza, piedade para enganar ou outros?
Dei ouvido a conversas contra a vida alheia ou falei da vida alheia?

Pecados contra os Mandamentos da Igreja

Fiquei mais de um ano sem confessar meus pecados?
Não comunguei durante o tempo pascal (os que não podem comungar devem fazer a comunhão espiritual)?
Não guardei jejum e abstinência na quarta-feira de Cinzas e na sexta-feira Santa?
Não guardei abstinência de carne, sem jejum, em todas as sextas-feiras da Quaresma e do ano?
Não comutei a obrigação em obras de caridade ou outra forma de abstinência quando não puder fazer a abstinência de carne nas sextas-feiras do ano?

Pecados Capitais

Avalie sua consciência sobre os seguintes pecados:

1. Soberba, orgulho: desprezar os inferiores, tratá-los com desdém; querer tudo dominar.
2. Avareza: pensar somente em ganhar dinheiro e acumular fortuna, sem nada gastar com os pobres, ou para fins de piedade e caridade; negar esmola, podendo dá-la.
3. Impureza: procurar prazeres ilícitos que lhe mancham a alma e roubam a inocência.
4. Ira: ficar facilmente com raiva, impacientar-se. Deixar se levar pelo ímpeto da cólera.
5. Gula: exceder-se na comida ou bebida. Embriagar-se.
6. Inveja: não querer que outros estejam bem; entristecer-se com o bem-estar do próximo, empregar meios para impedir, diminuir, ou destruir a felicidade do próximo.
7. Preguiça: perder o tempo em ociosidade; não cumprir, por indolência, as obrigações do trabalho ou da religião.

Considerações Finais

Devemos acusar-nos só dos pecados que cometemos. Evite falar do pecado alheio, a menos que tenha tomado parte dele. Tendo cometido algum pecado que, talvez, não se ache neste resumo, não deixemos de declará-lo ao confessor.

Uma boa prática é procurar sempre o mesmo confessor. Psicologicamente, a prática o confirma, isso inibe a reincidência nos mesmos pecados já confessados. É como se fosse uma “boa vergonha” de precisar voltar perante o mesmo sacerdote com os mesmos pecados de sempre.

Oração após o Exame de Consciência

Eis aqui, ó meu Deus, vosso filho pródigo que volta contrito ao vosso seio paternal! Que motivos de confusão para mim, misericordioso Senhor e Pai amoroso, ter-Vos tantas vezes ofendido, depois de Vos ter tantas vezes prometido emendar-me! Como me atrevi a pecar na vossa presença, conhecendo quanto Vos desagrada o pecado! Ó meu Deus e meu Pai, perdoai-me e não me castigueis segundo o rigor da vossa justiça; tende piedade de mim, que já não sou digno de ser chamado vosso filho, e aceitai os anseios de um coração pesaroso de Vos ter ofendido e disposto a amar-Vos para sempre. Detesto, Senhor, todos os meus pecados, que são muitos e graves; porque com eles mereci as penas do inferno e ofendi a vossa divina majestade, vossa santidade e vossa bondade infinita. Amo-Vos sobre todas as coisas, meu Deus, meu Pai, meu Salvador, e por amor de Vós quero antes morrer do que Vos tornar a ofender. Amém.